sexta-feira, 27 de setembro de 2013

ERC dá luz verde a RTP Informação e RTP Memória na TDT

A Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) deliberou esta semana que os canais RTP Informação e a RTP Memória poderão ser integrados no leque de canais distribuídos em sinal aberto na plataforma de Televisão Digital Terrestre (TDT).
A decisão surge na sequência de um pedido de esclarecimento sobre este assunto enviado à ERC, no final de agosto, pela administração do operador público.

A decisão do Conselho Regulador contou com três votos favoráveis e dois contra. O presidente Carlos Magno e a vogal Raquel Alexandre votaram vencidos.
Curiosamente – e apesar de já ter defendido em vários fóruns a necessidade de aumentar a oferta de canais distribuídos na plataforma de TDT -, a mesma ERC já tinha emitido em 2012 uma deliberação contra a entrada da RTP Informação e RTP Memória na TDT, solicitada num projecto de lei do PCP. A deliberação foi, nessa altura, justificada por questões de índole técnica e jurídica.
A decisão de sentido inverso agora tomada pelo regulador dos media não garante, no entanto, que a RTP possa avançar já com um pedido de emissão destes dois canais na TDT. A resposta ao pedido de esclarecimento da RTP indica apenas que a ERC não vê qualquer obstáculo legal a que essa emissão ocorra. Mas a decisão final fica a cargo do Governo.
Governo vai avançar com mais canais
O Governo está neste momento a estudar o dossiê TDT e a avaliar vários cenários. Mas tem uma decisão já tomada: o executivo considera que a atual oferta de canais distribuídos em sinal aberto na TDT (RTP1, RTP2, SI, TVI e Canal Parlamento) é insuficiente, pelo que o reforço de canais será mesmo uma realidade.
Falta definir, no entanto, a forma como esse alargamento de canais será feito. Em cima da mesa está a avaliação da capacidade técnica do atual Mux A (plataforma) de TDT para a distribuição de mais canais e, no limite, avançar para um concurso que permita o lançamento de um novo Mux com capacidade para distribuir mais canais em sinal aberto.
Em causa está o facto de o atual Mux A permitir nove canais com emissão em tecnologia. Mas com a evolução natural do mercado para a emissão em alta definição (HD) – já solicitada por SIC, TVI e RTP – esse espaço irá reduzir-se. Além de que o caderno de encargos inicial da TDT previa ainda espaço para o “quinto canal” e para um canal HD gerido em “condomínio” por RTP, SIC e TVI.
Tendo em conta a exiguidade do espectro disponível, o Governo não coloca de parte a possibilidade de avançar então com um novo Mux de TDT, que permita acolher novos canais – não apenas da RTP, como também dos operadores privados que já emitem em sinal aberto ou de outros que já manifestaram interesse nesta plataforma, como foi o caso recente do grupo Cofina, dono do “Correio da Manhã” e da CMTV.
A recente discussão em torno da eventual disponibilização da RTP Informação em sinal aberto é considerada como “redutora” pelo Governo como forma de aumentar a oferta de canais na TDT. Além de que, a avançar, essa medida só seria possível concretizar se o Governo e a administração da RTP garantissem o financiamento necessário (entre 5 a 7 milhões de euros) para a migração do canal de informação para esta plataforma.
Estas alterações no quadro atual da TDT em Portugal são uma das peças do puzzle da reforma global que o ministro Miguel Poiares Maduro está a preparar para o sector e que terá como primeiro passo a divulgação, no dia 9 de outubro, da proposta do Governo para o novo contrato de concessão da RTP.
O documento, que será apresentado em primeira mão aos deputados na Comissão de Ética da Assembleia da República, será depois colocado em período de discussão pública. O primeiro ato, simbólico, dessa discussão, ocorrerá nesse mesmo dia 9, com a apresentação da proposta de contrato de concessão aos trabalhadores da RTP.
Fonte: NovidadesTV.com / Expresso

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Cofina quer canal de TV em sinal aberto


Paulo Fernandes, presidente do grupo Cofina, quer um canal em sinal aberto na Televisão Digital Terrestre (TDT) e, preferencialmente, em alta definição (HD). O presidente da empresa detém o Correio da Manhã e o canal CM TV (canal exclusivo MEO), garante que a empresa está em condições de "desenvolver um projeto credível e sustentado" em sinal aberto na TDT, "quer a nível de conteúdos, quer a nível da expertisetecnológica".

Em carta enviada à Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) e à Autoridade Nacional de Comunicações (Anacom), o empresário lembra que a CM TV, que criou 80 novos postos de trabalho, difunde diariamente entre 12 e 14 horas de produção própria, em alta definição, totalmente em português. No documento, o gestor manifesta ainda "o desejo de concorrer a futuras concessões de alvará para televisão FTA [sinal aberto], no quadro da TDT", e compromete-se a apresentar "um projeto de interesse nacional, com qualidade técnica, privilegiando a produção nacional e a língua portuguesa".

Paulo Fernandes defende mais canais em sinal aberto e entende que só o "aparecimento de novas propostas poderá continuar a cativar o interesse do público e dos investidores publicitários". Neste contexto, afirma que a empresa é "penalizada na sua concorrência com os restantes grupos media de relevo, porque justamente não possui um canal" em sinal aberto, já que mais de 75% do investimento publicitário em Portugal é feito neste tipo de televisão.

Fonte: CM

RTP pode passar a emitir os seus canais na TDT através de rede própria


A RTP pode vir a ter a sua própria rede para transmitir os seus canais na Televisão Digital Terrestre (TDT), que até agora tem sido emitidos através da rede montada pela PT.

De acordo com a Comissão de Trabalhadores (CT) da estação pública e com um estudo académico da Universidade do Minho, de Sérgio Denicoli e de Mariana Lameiras, "a RTP possuiu uma rede de transmissores que foi construída para a rádio digital terrestre que pode ser adaptada." Uma rede T-DAB que, segundo garante a CT no mesmo estudo, "possui capacidades para receber sinais via satélite e retransmiti-los."

Em declarações ao DN, nem o professor nem a CT precisam qual o volume de custos envolvidos nesta alteração, mas adiantam que esta solução não acarreta mais custos para os lares com TDT. "Vão ser precisos estudos mais aprofundados. A adaptação não é muito onerosa porque a parte mais cara está feita, ou seja, a estrutura da rede está toda montada. Basta transformar um passivo em ativo e, em poucos anos, a RTP pode deixar de gastar com o transporte de sinal o que atualmente paga", afirma Denicoli.

Recorde-se que o presidente da RTP, Alberto da Ponte, declarou em Comissão Parlamentar de Ética, em julho, que "seria muito bom limitar o custo" da TDT, cujo montante estava acima dos seis milhões de euros anuais. "Os indicadores dizem-nos que não é necessário um grande investimento", afirma Camilo Azevedo, porta-voz da CT, que afirma que "o valor é amortizável em poucos anos".

Um engenheiro eletrotécnico especialista em TDT garantiu que "a adaptação da rede pode custar em torno de dez milhões de euros porque mais de 80% dos custos estão pagos." A cobertura da rede, lê-se no documento, chegou "em períodos de teste a 72% do território e a 74% da população". Um valor que, explica o mesmo engenheiro que pediu anonimato, "pode ultrapassar os 80% do território com a multifrequência".

De acordo com o estudo, que o porta-voz da CT disse ter já "enviado ao ministro" adjunto e do desenvolvimento regional, Miguel Poiares Maduro, a adaptação da rede T-DAB pode ser feita em três cenários. Numa primeira possibilidade, transformar a rede T-DAB em rede TDT. Um investimento que "seria reduzido perante a economia que a RTP alcançaria ao não pagar a terceiros". Num segundo cenário, seria possível adaptar a rede "para as transmissões multimédia", incluindo "telemóveis, tabletes, portáteis e autorrádios." Os custos da adaptação "são quase nulos", lê-se. O terceiro cenário seria um híbrido das duas soluções anteriores com possibilidade de "haver serviços interativos". Entre eles, "a possibilidade de serviços de telebanco, sendo que cada instituição interessada em utilizar a tecnologia, seria um potencial cliente para a RTP", descreve o documento.

Fonte: DN

sábado, 14 de setembro de 2013

RTP INFORMAÇÃO NA TDT


A escolha dos futuros administradores da RTP passará a ser feita por concurso público, e os candidatos serão seleccionados por uma nova entidade independente que o ministro da tutela quer criar.~

Imagem: José Moreira

Esta nova entidade de supervisão do serviço público de rádio e televisão será sempre nomeada pelo Governo e Miguel Poiares Maduro quer que tenha uma natureza parecida com a do comité que supervisiona a britânica BBC. O PÚBLICO apurou que a entidade deverá assumir funções já em 2014, coabitando
com o conselho de administração liderado por Alberto da Ponte, que o Governo quer que permaneça até ao final do seu mandato, que termina em 2015.

A esta nova entidade supervisora — cujos elementos não serão remunerados e poderão ser substituídos por um novo governo — caberá a escolha da equipa gestora da RTP num modelo semelhante ao que este Governo adoptou para os altos cargos da função pública com a criação da Cresap (Comissão de Recrutamento e Selecção para a Administração Pública), acabando com as nomeações directas para dar mais transparência ao processo. Ou seja, a escolha dos administradores será sempre feita a partir de um processo de candidatura, individual ou em equipa, num concurso público sujeito a regras
de escrutínio.

Essa entidade, que o Governo quer "genuinamente independente", será uma espécie de conselho de notáveis, constituída por pessoas com um perfil de reconhecido valor social e intelectual em áreas como a comunicação, gestão, economia, e preferencialmente sem ligações partidárias.

O denominado "roteiro para o futuro da RTP" prevê também a reformulação da RTP2, que será expurgada de todos os conteúdos considerados "não-culturais" e relançada ao estilo Arte. O desporto, que normalmente preenche a antena nas tardes de fim-de-semana, passará a ser emitido na RTP Informação. Este canal, por sua vez, será integrado na oferta gratuita da TDT (Televisão Digital Terrestre), e passará a incluir também janelas de emissão regionais.

In Publico

domingo, 8 de setembro de 2013

TDT: Novo canal dirigido pela RTP

Edifício da RTP - Lisboa - Foto: José Moreira


Segundo, Luís Marques Mendes, comentador político da SIC, ontem (sábado 07de setembro) no seu espaço de opinião mencionou que existe uma grande possibilidade em abrir um novo canal na TDT, em aberto. Esse canal não seria a RTP Informação, nem a RTP Memória, mas sim um canal com base na informação da RTP e beneficiando o caráter regional. As televisões privadas também poderiam participar na grelha de programação do mesmo. Mas, segundo informações que circulam em espaços de opinião pela internet, as televisões privadas tinham em vista a colocação das suas emissões em HD, o que impediria a colocação de qualquer novo canal. Se assim fosse restava a abertura de um novo MUX.

Resta-nos esperar por mais um episódio desta nova novela da TDT, que nasceu com deficiências de sinal e ainda continua, especialmente na zona de Safara- Baixo Alentejo (informação cedida pela SIC), assim como noutras zonas da região, como é o caso de Almodôvar.

 Texto e Imagem: José Moreira