28 Jun 2016|22h20|Fonte: Jornal de Negócios
A SIC e a TVI tomaram conhecimento da posição que
consta do projecto de lei para a Televisão Digital Terrestre (TDT) "e vêm
manifestar a sua discordância relativamente à solução encontrada, capaz de
introduzir elementos de distorção a um mercado que enfrenta, já por si, uma
difícil conjuntura", sublinham as duas estações num comunicado conjunto.
"Permitir a introdução de mais minutos de publicidade nos operadores da RTP prejudica os actuais operadores de televisão e, num efeito dominó, outros meios como a rádio e a imprensa, numa altura em que se enfrenta uma feroz concorrência na captação de receitas publicitárias de gigantes internacionais", destaca o comunicado conjunto.
E prossegue: "A inserção de mais dois canais da RTP na TDT afectará também as receitas da televisão pública, já que a solução defendida para a TDT implicará certamente uma renegociação dos contratos da RTP com os operadores de distribuição e, consequentemente, uma perda de receitas através dessa via, além dos elevados custos com a distribuição na TDT de dois novos serviços de programas públicos".
Na opinião dos operadores privados, "é por isso fundamental a promoção, com carácter prévio, de um estudo económico-financeiro detalhado sobre os custos associados a cada uma das opções técnicas de desenvolvimento da plataforma TDT", realçam.
"Nos últimos anos, a operação TDT tem sofrido diversas alterações de natureza técnica que resultaram num claro prejuízo para as populações e para os operadores televisivos FTA. É preciso mostrar ao mercado toda a informação detalhada da população efectivamente coberta por TDT, bem como a quantificação dos custos incorridos pelos utilizadores do serviço TDT em virtude das sucessivas alterações das condições associadas, e efectuar uma análise da possibilidade de apoio financeiro às populações pelos custos incorridos na adaptação dos equipamentos às também sucessivas alterações da rede TDT", diz o documento.
"A SIC e a TVI acreditam, como têm vindo a reiterar, que o futuro da TDT passa pelo desenvolvimento de canais em alta definição (high definition - HD), um passo fundamental para o desenvolvimento da experiência de ver televisão", refere ainda o comunicado, citando um estudo recente feito em Portugal que mostra que, num universo de 6 milhões e 850 mil televisores vendidos em Portugal nos últimos 10 anos, 96% emitem em HD e apenas 4% operam exclusivamente na antiga standard definition (SD). "São números que mostram a opção que os portugueses têm feito pela alta definição e a valorização dos conteúdos nesse formato", defendem as duas estações.
"A SIC e a TVI desejariam mais uma vez inovar, pretendendo emitir toda a sua programação em HD no mais curto espaço de tempo possível", sublinham. No entanto, acrescenta o comunicado, "as decisões que se anunciam em matéria de TDT comprometerão essa intenção".
A SIC e a TVI repudiam, portanto, quaisquer eventuais opções de políticas públicas para o desenvolvimento da TDT que possam agravar o já difícil quadro económico que caracteriza o sector dos media em Portugal, designadamente o sector televisivo generalista de âmbito nacional, já em si pressionado pela estagnação do investimento publicitário nacional, por um lado, e pelo incremento da concorrência televisiva internacional, destaca o documento.
Por isso, conclui o documento, "a SIC e a TVI manifestam a sua profunda preocupação relativamente às opções políticas previstas ao abrigo do referido projecto de lei e reservam-se o direito de accionar os meios legais ao seu dispor para satisfazer as suas legítimas expectativas".
"Permitir a introdução de mais minutos de publicidade nos operadores da RTP prejudica os actuais operadores de televisão e, num efeito dominó, outros meios como a rádio e a imprensa, numa altura em que se enfrenta uma feroz concorrência na captação de receitas publicitárias de gigantes internacionais", destaca o comunicado conjunto.
E prossegue: "A inserção de mais dois canais da RTP na TDT afectará também as receitas da televisão pública, já que a solução defendida para a TDT implicará certamente uma renegociação dos contratos da RTP com os operadores de distribuição e, consequentemente, uma perda de receitas através dessa via, além dos elevados custos com a distribuição na TDT de dois novos serviços de programas públicos".
Na opinião dos operadores privados, "é por isso fundamental a promoção, com carácter prévio, de um estudo económico-financeiro detalhado sobre os custos associados a cada uma das opções técnicas de desenvolvimento da plataforma TDT", realçam.
"Nos últimos anos, a operação TDT tem sofrido diversas alterações de natureza técnica que resultaram num claro prejuízo para as populações e para os operadores televisivos FTA. É preciso mostrar ao mercado toda a informação detalhada da população efectivamente coberta por TDT, bem como a quantificação dos custos incorridos pelos utilizadores do serviço TDT em virtude das sucessivas alterações das condições associadas, e efectuar uma análise da possibilidade de apoio financeiro às populações pelos custos incorridos na adaptação dos equipamentos às também sucessivas alterações da rede TDT", diz o documento.
"A SIC e a TVI acreditam, como têm vindo a reiterar, que o futuro da TDT passa pelo desenvolvimento de canais em alta definição (high definition - HD), um passo fundamental para o desenvolvimento da experiência de ver televisão", refere ainda o comunicado, citando um estudo recente feito em Portugal que mostra que, num universo de 6 milhões e 850 mil televisores vendidos em Portugal nos últimos 10 anos, 96% emitem em HD e apenas 4% operam exclusivamente na antiga standard definition (SD). "São números que mostram a opção que os portugueses têm feito pela alta definição e a valorização dos conteúdos nesse formato", defendem as duas estações.
"A SIC e a TVI desejariam mais uma vez inovar, pretendendo emitir toda a sua programação em HD no mais curto espaço de tempo possível", sublinham. No entanto, acrescenta o comunicado, "as decisões que se anunciam em matéria de TDT comprometerão essa intenção".
A SIC e a TVI repudiam, portanto, quaisquer eventuais opções de políticas públicas para o desenvolvimento da TDT que possam agravar o já difícil quadro económico que caracteriza o sector dos media em Portugal, designadamente o sector televisivo generalista de âmbito nacional, já em si pressionado pela estagnação do investimento publicitário nacional, por um lado, e pelo incremento da concorrência televisiva internacional, destaca o documento.
Por isso, conclui o documento, "a SIC e a TVI manifestam a sua profunda preocupação relativamente às opções políticas previstas ao abrigo do referido projecto de lei e reservam-se o direito de accionar os meios legais ao seu dispor para satisfazer as suas legítimas expectativas".