domingo, 26 de outubro de 2014

Emissor da Fóia: Um imperativo para o Baixo Alentejo e Algarve

Centro Emissor da Fóia: Monchique
 
 
A entrada em funcionamento do centro emissor do Mendro, Vidigueira, por si só não veio resolver a problemática grave da falta de sinal da TDT na região do Alentejo.
O TDT no Alentejo alerta para a necessidade imperativa da entrada imediata em funcionamento da emissão da Televisão Digital Terrestre, em MFN no canal 43 do Centro Emissor da Fóia, conforme está previsto nas novas áreas de adjudicação.
 
Existem vários concelhos do Baixo Alentejo (zona sul do distrito de Beja) e também do Algarve com cobertura terrestre inexistente e/ou ineficaz por parte dos emissores SFN do Canal 56.
É urgente que os concelhos de Castro Verde, Ourique, Almodôvar, Aljustrel, Santiago do Cacém, Odemira, bem como os concelhos do Barlavento algarvio e zonas interiores fronteiriças possam ter acesso nas mesmas condições dos demais cidadãos portugueses à televisão que é sua por direito!
O TDT no Alentejo considera INACEITÁVEL que a ANACOM e a gestora da rede TDT, PT Comunicações, ainda não tenham feito entrar no ar este importante emissor do Sul do país!
 
Estamos atentos, em defesa de uma TDT TERRESTRE para todos e de livre acesso!
 
Inadmissível que zonas desfavorecidas, pobres, com população envelhecida, cujo única companhia é ou era a televisão, continuem às escuras!

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

TDT: Anacom admite penalizar PT por falha nas emissões

A Autoridade Nacional das Comunicações (Anacom) confirmou que está analisar a aplicação de penalizações à PT, na sequência de falhas nas emissões de TDT. A PT solicitou a licença para quatro novas frequências.

 
Centro Emissor do MENDRO - Foto: José Moreira
 
 
Entre 14 e 20 de julho, 46 sondas da Anacom deteteram «numerosas e prolongadas interrupções» nas emissões de TV Digital Terrestre (TDT) nos distritos de Beja, Braga, Bragança, Castelo Branco, Faro e Setúbal, Aveiro, Leiria e Porto. Na sequência das falhas detetadas, a Anacom confirmou que poderá punir a PT Comunicações (PTC), que hoje é responsável pela rede transmissores TDT. A tomada de medidas ainda não foi decidida, mas está sobre a mesa: «É uma questão que está a ser analisada», confirma a Anacom quando questionada pela Exame Informática.
No final de 2013, a Anacom começou a instalar em todo o território nacional uma rede de cerca de 400 sondas de medição do sinal de TDT. Os dados recolhidos pela rede de sondas, cuja instalação está em vias de conclusão, terão sido determinantes para a deteção das falhas nas emissões de TDT e para o envio de uma notificação para a PTC. Em meados de setembro, a entidade que regula as telecomunicações publicou uma deliberação que considera a instabilidade verificada em julho como «grave e inaceitável, uma vez que põe em causa o direito dos cidadãos de acesso livre ao serviço, bem como incompreensível face ao que a PTC tem continuamente afirmado no sentido de que a solução técnica adotada e atualmente existente permite dar cumprimento às obrigações do DUF (Direito de Uso de Frequências)» que tinha sido definido em 2008.
Nessa deliberação, a Anacom dá ainda conta de que a PTC duvida da validade dos dados registados pelas 46 recém-instaladas sondas de medição e confrontou a entidade reguladora com dados captados por quatro sondas, que pertencem à própria PTC. Segundo a PTC, os dados captados por essas quatro sondas apontavam para uma emissão quase dentro da normalidade.
Apesar de não aceitar as medições efetuadas pela Anacom, a PTC solicitou uma licença temporária para quatro emissores (Marofa, Mendro, Palmela, e São Mamede) em frequências alternativas àquelas em que opera a TDT no território Continetal. A Anacom aprovou o pedido, mas impôs a condição de que a PTC apresente até ao final de outubro um requerimento de licença para uso definitivo e integração no já referido DUF.
Com a aprovação do pedido de licenciamento dos quatro novos emissores e respetivas frequências, começa a ganhar forma uma nova configuração de rede de TDT em Portugal Continental. Até à data, a TDT tem sido transmitida num único canal (canal 56, entre os 750 MHz e os 758 MHz) e por isso é conhecida como uma Single Frequency Network (SFN).
São vários os especialistas que garantem que é devido ao uso de uma única faixa de frequências para todo o território que a emissões registam falhas consecutivas. A Anacom já confirmou que a solução pode estar a caminho com uma nova configuração de rede que divide o território continental em doze regiões que acedem às emissões em frequências diferentes. Esta configuração, que é conhecida como Multiple Frequency Network (MFN) por usar várias faixas de frequências em vez de uma única, já está implementada em parte: atualmente a PTC tem sete emissores a operar em MFN (antes dos quatro solicitados neste verão, já havia outros três em funcionamento).
«Segundo as nossas estimativas, cerca de 60% da população do território continental é coberta pelos 7 emissores da rede MFN já em funcionamento», refere a Anacom, num e-mail enviado para a Exame Informática.
Esta estimativa da Anacom permite duas deduções: 1) a migração de SFN para MFN já está em curso, apesar de, oficialmente, a Anacom apontar para que só se efetue depois de 2016; 2) mais de 900 mil lares portugueses vão ter de reconfigurar boxes e reorientar antenas para poder captar a TDT depois da migração de SFN para MFN.
Na deliberação de setembro, a Anacom determina que deverá ser a PTC a suportar os «custos adicionais de adaptação» que decorrem da «ressintonização dos equipamentos recetores ou de re-orientação de antenas de receção». «Neste contexto, deve a empresa implementar um procedimento de reembolso dos custos incorridos pelos utilizadores», acrescenta a Anacom.
A entidade reguladora exige à PTC um plano de comunicação junto das populações afetadas a fim de alertar para a eventual necessidade de reorientar antenas e reconfigurar boxes.
Além dos custos relacionados com reorientação de antenas e boxes, as emissões em MFN pressupõem uma renovação ou, pelo menos, uma reconfiguração dos retransmissores dispersos pelo País. Recentemente, a Anacom reiterou que os custos de migração de uma rede SFN para uma rede MFN só serão suportados pela PT quando se confirmar que a rede que a qualidade das emissões é insuficiente ou se se decidir antecipar essa migração.
A Anacom admite que a passagem de SFN para MFN só ocorra entre 2016 e 2017, apesar de já ter dado como «provável»  essa migração em alguns documentos públicos. Além das falhas técnicas, há outro fator contribui de sobremaneira para que essa migração seja efetuada: em 2012, a Conferência Mundial da Rádio, organizada pela Organização Internacional das Telecomunicações (ITU) determinou que a faixa de frequências em que o atual sinal da TDT portuguesa se encontra seja libertada, a fim de ser atribuída às futuras gerações de rede móveis. Os especialistas classificam como uma inevitabilidade a ratificação dessa decisão na Conferência Mundial da Rádio de 2015 e a consequente adoção da norma na UE. 
 
IN: Exame Informática

domingo, 19 de outubro de 2014

TDT: Portugueses terão que reorientar novamente as antenas

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As transmissões da Televisão Digital Terrestre (TDT) vão mudar de frequências. Esta alteração poderá implicar a reorientação das antenas e reprogramação dos receptores (boxes ou televisões) usados para descodificar o sinal dos canais.
Esta mudança só irá ocorrer em território continental, onde estima-se que cerca de 900 mil lares serão abrangidos por esta mudança, que deverá acontecer depois de 2016. Segundo a ANACOM não será necessário a substituição das antenas, mas o regulador avisa que «é provável que as antenas tenham de ser reorientadas». «Contudo tal dependerá de cada situação concreta e do planeamento e da implementação da rede. Nas regiões autónomas tal não será necessário.


Esta alteração de frequências será motivada pelas sucessivas queixas da população em relação à qualidade do sinal TDT em território continental. Para a correcção desse problema a ANACOM e a PT estão a trabalhar na alteração do método de transmissão de sinal.

Actualmente, o sinal da TDT é transmitido através de um único canal (canal 56, que ocupa as frequências dos 750 MHz aos 758 MHz). Este método de transmissão é conhecido por Single Frequency Network (SFN). Para a correcção dos problemas de sinal, o método de transmissão terá que ser alterado para Multiple Frequency Network (MFN). Algumas zonas do país já têm desde 2012 disponível alguns canais de frequência alternativos. (ver mapa que se segue).


A ANACOM deu recentemente a conhecer um novo mapa de cobertura de TDT, que divide o país em 12 regiões, atribuindo a cada uma destas regiões um canal de transmissão específico. Os canais da “nova” rede da TDT têm em comum o facto de usarem frequências “abaixo” da faixa dos 694 MHz aos 790 MHz, frequências que serão usadas futuramente nas redes móveis.

A migração da rede SFN para MFN pressupõe a substituição de emissões que antes eram emitidas no canal 56 por emissões nos canais 33, 34, 40, 42, 43, 45, 46, 47, 48 e 49. Algumas das regiões irão usar o mesmo canal, mas nenhuma dessas regiões são confinantes, evitando assim as interferências registadas na actual configuração da rede TDT (SFN).
 
Fonte: NovidadesTV.com / Exame Informática / ANACOM

sábado, 18 de outubro de 2014

RTP "arrasa" panorama nacional da receção da TDT

O programa "Sexta às 9" da RTP1, emitido na sexta-feira, 17 de Outubro, percorreu o país de norte a sul, com incidência para as regiões do interior do país. A realidade que a RTP constatou é aquela que todos nós já sabemos há muito tempo. Sinal instável na maioria das regiões do interior e em muitas zonas, o sinal é simplesmente inexistente via terrestre. A ANACOM deu as desculpas do costume, sendo visível até o nervosismo do representante deste organismo quando confrontado com perguntas polémicas. A PT, essa, nem sequer aceitou dar entrevistas gravadas.
Veja o programa aqui:


https://www.youtube.com/watch?v=BntwFMzOZOs