sábado, 29 de dezembro de 2012

Recomendações da ANACOM para a TDT

Se está numa zona TDT com cobertura terrestre (o que pode ser confirmado através do número de telefone gratuito 800 200 838 ou no sítio na Internet), fez a migração com os equipamentos adequados, mas tem problemas de receção, saiba que esses problemas podem ser provocados por anomalias na instalação da antena ou dos equipamentos descodificadores (em cerca de 60 por cento das reclamações analisadas localmente pela ANACOM os problemas deviam-se a estas anomalias).

Assim, e para poder despistar eventuais vulnerabilidades na sua instalação, verifique os seguintes pontos:


1) Confirme se o descodificador/televisor que possui é compatível com a tecnologia DVB-T e com a norma MPEG 4/H.264. 


2) Verifique se tem instalada uma antena exterior. As antenas interiores normalmente1 não permitem a receção de TDT em boas condições.


3) Verifique se a antena de receção exterior é adequada (faixa de UHF) e se está orientada para o emissor da rede TDT que melhor serve a sua área de residência.


4) Confirme se todas as ligações estão estabelecidas de forma correta e se os cabos, fichas e respetivos contactos se encontram em boas condições. 


5) Tenha em atenção que a instalação da antena exterior a uma altura mais elevada nem sempre é a que garante as melhores condições de receção. 


6) Se tiver que instalar a sua antena exterior a uma altura mais elevada, certifique-se que o mastro apresenta a estabilidade necessária, de modo a não oscilar com a ação do vento. 


7) Caso a antena de receção exterior esteja a alimentar mais do que um televisor, pode necessitar de um amplificador de sinal que permita compensar as perdas introduzidas, quer pelos cabos coaxiais, quer pelos repartidores e tomadas de televisão. 


8) Caso esteja nas imediações do emissor de TDT e a receção evidencie problemas permanentes ou temporários, verifique se está a utilizar um amplificador e, em caso afirmativo, experimente retirá-lo da instalação.

Se todos os aspetos atrás referidos estiverem em condições, mas ainda assim as dificuldades se mantiverem, há uma elevada probabilidade de o problema ser no sinal, pelo que deverá contactar o operador de rede - a PT Comunicações - através do número 800 200 838 (gratuito) ou consulte o sítio na Internet. Poderá, ainda, reportar a situação à ANACOM através do número 800 206 665 ou consultar o sítio na Internet.


IN: ANACOM

ARTV já emite na posição 5 da TDT desde dia 27 de Dezembro



A ARTV iniciou as suas emissões regulares no dia 27 de dezembro, conforme noticiado aqui no blog. O canal encontra-se disponível na posição 5, via terrestre e na posição 219, via satélite. Quem tem recetores terrestres e/ou tv's que suportam a visualização dos canais da TDT PT, devem efetuar uma nova pesquisa de canais, ele vai aparecer na posição 5. Quem recebe o sinal via DTH (satélite), ligue o recetor e espere pela atualização de software/lista automática, o canal ARTV encontra-se na posição 219, a mesma que no serviço MEO Satélite que também disponibiliza o canal na mesma posição aos assinantes desde o dia 27 de Dezembro.
Não devem mexer na orientação da antena terrestre e/ou na parabólica.

Texto e Foto: José Moreira

sexta-feira, 21 de dezembro de 2012

Canal Parlamento na TDT só depois do Natal

O canal ARTV (Canal Parlamento) vai estar disponível na Televisão Digital Terrestre (TDT) a partir da próxima quinta-feira, dia 27 de Dezembro.
Numa primeira fase o canal estará apenas em emissão experimental, entrando em regime de continuidade a partir de 3 de Janeiro de 2013.

As emissões ocorrerão segunda a sexta-feira, com uma média de 10 horas diárias.

Em Portugal continental a AR TV ocupará a posição 5 da TDT. Nos Açores e na Madeira estará na posição 7.
“O Parlamento estende, por este modo, a publicidade dos seus trabalhos a um universo de eleitores mais alargado, induzindo a igualdade no pleno da oferta e da procura política, para bem de todos”, diz Nuno Encarnação, membro do conselho de direcção do Canal Parlamento, em comunicado.
IN: Correio da Manhã

terça-feira, 18 de dezembro de 2012

Prazo alargado para solução TDT PT


Por deliberação de 16 de Novembro de 2012, a ANACOM aprovou a decisão de re­novar a licença temporária de rede de televisão digital terrestre (TDT), pelo prazo de 180 dias, com efeitos desde 15 de Novembro, atribuída à PT Comunicações (PTC) por deliberação de 18 de maio de 2012.
Os canais em questão são os já conhecidos das estações:
a) Emissor de Monte da Virgem: canal 42 (638-646 MHz);
b) Emissor da Lousã: canal 46 (670-678 MHz);
c) Emissor de Montejunto: canal 49 (694-702 MHz).
Foi igualmente determinado que a PTC informe esta Autoridade, no prazo de 15 dias, da solução definitiva que propõe para a rede de TDT, uma vez caducada a presente licença temporária, justificando fundamentadamente a proposta.

terça-feira, 11 de dezembro de 2012

Vila de Couço já tem TDT

A vila de Couço situa-se entre o Alentejo e o Ribatejo, esta vila também tinha problemas de receção do sinal de TDT, logo a empresa que expande a rede, decidiu restrutura-la e colocar um emissor nesta vila.

 
Texto e Foto: José Moreira - TDT no Alentejo

Gavião já tem emissor TDT

Gavião é sede de município com cerca de 4200 habitantes, também já tem um repetidor de TDT, situado junto à nova construção na vila.

 
Texto e Foto: José Moreira - TDT no Alentejo

Vila de Nisa com TDT

Junto a uma das entradas da Vila de Nisa, temos o micro emissor de TDT que está a servir esta vila. É de mencionar que a maioria dos seus habitantes não têm as antenas TDT direcionadas para este emissor.

 
Texto e Foto: José Moreira - TDT no Alentejo

A TDT já "MORA" na vila

A TDT já chegou à vila de Mora, sede de concelho, situada cerca do oásis da barragem de Montargil. O emissor está colocado dentro da vila, na zona nova, junto à variante.


Texto e Foto: José Moreira - TDT no Alentejo

PT vai fazer medições do sinal da TDT em Mértola

A Câmara Municipal de Mértola reuniu com o Conselho de Administração da Portugal Telecom e com colaboradores das áreas de redes/engenharia e da TDT- Televisão Digital Terrestre. Em cima da mesa estiveram os problemas ainda sentidos pela população do concelho na captação do sinal de Televisão.
Jorge Rosa, presidente da Câmara de Mértola, afirma que a PT disponibilizou-se para medir, no terreno, a intensidade do sinal da TDT e assim perceber se o problema está na qualidade do sinal ou nos equipamentos adquiridos pelas populações. Nas zonas em que é necessário um Kit para captação via satélite, a autarquia quer garantir que o mesmo é disponibilizado a preços vantajosos. O autarca pensa que os problemas poderão agora ficar resolvidos.

IN: Rádio Pax - Beja

ARTV poderá iniciar ainda este mês as emissões na TDT

O Canal Parlamento poderá arrancar as suas emissões em sinal aberto ainda este mês. Neste momento falta apenas um parecer do Tribunal de Contas para que a AR TV possa iniciar as suas emissões na TDT, disse ao Expresso o presidente do conselho do canal parlamentar, Nuno Encarnação.


Assim, é possível que a sessão extraordinária marcada para 27 de dezembro – em que será discutida a iniciativa do Governo para distribuir em duodécimos metade dos subsídios de Natal e de férias do ano que vem – seja já transmitida como 5º canal em sinal aberto.

A AR TV continuará, no cabo, com as mesmas características e tempo de emissão que teve até agora, e o canal na TDT terá uma programação mais restrita e um período de antena mais limitado. A prioridade será para as transmissões em direto, do plenário, mas também das comissões.

Contudo, o canal em sinal aberto não terá, por exemplo, emissão ao fim de semana, período que, no cabo, preenche com debates da semana.
Fonte: Expresso

quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

Câmara de Mértola reúne com Portugal Telecom

A Câmara Municipal de Mértola está a interceder junto das diversas entidades que tutelam o acesso à TDT – Televisão Digital Terrestre, na tentativa de ultrapassar as dificuldades sentidas pelos munícipes em acederem às emissões televisivas em canal aberto.
O presidente do município reúne-se hoje com a Assessora do Conselho de Administração da Portugal Telecom e com colaboradores das áreas de redes/engenharia e da TDT.
A Câmara Municipal considera que “continua assim a pugnar junto da PT e doutras instâncias no sentido de conseguir a solução mais adequada e mais justa para que as populações possam continuar a ter a oportunidade de aceder a um serviço que no contexto actual é não só legítimo como essencial para o seu bem-estar”.

IN: www.radiopax.com

sexta-feira, 30 de novembro de 2012

ARTV deverá chegar à TDT antes do Natal

A Presidência da Assembleia da República anunciou que o processo de disponibilização do sinal da ARTV – Canal Parlamento na Televisão Digital Terrestre está a decorrer «de forma satisfatória».

O processo anunciado pelo ministro Miguel Relvas, que recebeu o aval da ANACOM deverá estar concluído brevemente e iniciará as suas emissões antes do Natal.  Recorde-se que o início de emissões do Canal Parlamento em sinal aberto, que pretende aproximar políticos dos cidadãos, já conheceu diversas datas para começar a ser emitido na Televisão Digital Terrestre Portuguesa, mas tem vindo a ser sucessivamente adiado.

Fonte: atelevisao

sexta-feira, 9 de novembro de 2012

INFORMAÇÃO do MUNICÍPIO DE ALMODÔVAR: Televisão Digital Terrestre – TDT

Emissor TDT de Almodôvar - Foto: José Moreira - TDT no Alentejo
 
 
Tendo em atenção as dificuldades que têm vindo a ser manifestadas pela população do nosso concelho no que concerne à receção do sinal TDT, e na sequência de diversas ações efetuadas pela Câmara Municipal Almodôvar junto da Portugal Telecom – PT, para procurar resolver o problema, é importante informar o seguinte:

O Concelho de Almodôvar encontra-se coberto a 100% pela TDT – Televisão Digital Terrestre. A captação do sinal é feita por via terrestre (TDT) e por via satélite (DTH), assegurando, qualquer um dos sistemas, boas condições de receção, desde que os equipamentos estejam corretamente instalados e sejam adequados à captação do sinal.

Captar o sinal por via terrestre (TDT)

Se está numa zona de cobertura TDT e não tem um televisor preparado para a tecnologia TDT, que permita a receção direta do sinal, necessita de adquirir um descodificador compatível com a tecnologia DVB-T e com a norma MPEG-4/H.264. Este equipamento pode ser adquirido nos pontos de venda habituais de equipamentos eletrónicos.

Captar o sinal por via satélite (DTH)

Se está numa zona de cobertura DTH necessita de adquirir um Kit TDT Complementar para aceder ao serviço de televisão digital. O Kit TDT Complementar é comercializado pela Portugal Telecom, estando disponível nos locais autorizados para venda de Kit’s TDT Complementar.

Está a captar sinal TDT numa zona DTH?
Verificam-se atualmente situações em que, em zonas de cobertura via satélite (DTH) é possível sintonizar o sinal TDT. No entanto, esta cobertura não tem qualidade garantida, sendo normais e até esperadas falhas na cobertura do sinal. Se vive numa zona de cobertura DTH, a única forma de garantir boas condições na obtenção do sinal é através de um Kit TDT Complementar.

São cobertas pelo sinal terreste (TDT), a Vila de Almodôvar e as localidades do Monte da Vinha e da Telhada. São cobertas pelo sinal satélite (DTH) todas as restantes localidades do Concelho.

Os residentes na Vila de Almodôvar e no Monte da Vinha, cobertos por via terreste, devem orientar as antenas para o emissor instalado na torre da PT, junto ao depósito da água, na Rua da Quinta (centro da Vila). Os residentes na localidade de Telhada devem orientar as antenas para o emissor de Beja, para evitar episódios de falhas pontuais de sinal.

A orientação correta das antenas é determinante para evitar interrupções na receção do sinal TV. Nas restantes zonas do Concelho de Almodôvar, a captação do sinal TV é feita por via satélite, através dos “kits/satélite” (vulgo “prato”).
Atentas estas condições técnicas, os cidadãos de Almodôvar têm acesso, em perfeitas condições, aos canais nacionais em sinal aberto.

Esclareça todas as suas dúvidas relativas à Televisão Digital Terrestre pelo número 800 200 838, no site oficial da TDT: tdt.telecom.pt ou na câmara Municipal, através do mail: geral@cm-almodovar.pt.

Fonte: Sítio oficial do Município de Almodôvar: www.cm-almodovar.pt

Alter do Chão já tem emissor TDT


Alter do Chão segundo a Portugal Telecom, empresa que distribui o sinal, já está servida por um emissor TDT. Junto às antenas de telecomunicações da vila, não existe nenhum micro emissor semelhante aos colocados recentemente noutras sedes de concelho, mas é de referir que as antenas dos habitantes
estão orientadas para estas antenas situadas num dos pontos estratégicos da vila.
Texto e Foto: José Moreira

quinta-feira, 8 de novembro de 2012

SIC e TVI propuseram ao Governo abrir 2 novos canais

Balsemão anunciou hoje (ontem) que SIC e TVI apresentaram em Abril um modelo de dois canais gratuitos na televisão digital terrestre, em troca da RTP1 ficar sem publicidade.
O presidente do conselho de administração da Impresa disse hoje que a SIC e a TVI apresentaram em Abril ao Governo um modelo de dois canais gratuitos na televisão digital terrestre (TDT), em troca da RTP1 ficar sem publicidade.

Francisco Pinto Balsemão falava durante a conferência “Media do Futuro”, organizada pela SIC Notícias e pelo Expresso, que hoje decorre em Lisboa. Na sua intervenção, Balsemão disse que “a SIC e a TVI apresentaram ao Governo em abril deste ano um modelo que consistia na emissão de um canal SIC2 e de um canal TVI2, sem publicidade durante dois anos, o que aumentaria o número de canais gratuitos disponíveis via TDT”.

Em troca, adiantou, “o Governo, que já na altura havia anunciado fechar a RTP2, manteria a RTP1 sem publicidade”. Balsemão disse que tanto a SIC como a TVI não deram conhecimento desta proposta, mas “curiosamente, meses depois, em princípios de setembro, aparece a notícia na imprensa, com um ‘acrescento’ – que SIC e TVI exigiam receber a contribuição audiovisual, o que é absolutamente falso”.
O líder da Impresa foi perentório: “Assim se destroem, mal intencionadamente, projetos bem intencionados”. Sobre a situação do mercado publicitário, Francisco Pinto Balsemão destacou que desde 26 de outubro do ano passado, a queda do investimento na imprensa recuou 23,9%, o que representa menos de 13,9 milhões de euros.
Na televisão, a queda de investimento publicitário foi de 19,3%, menos 36,4 milhões de euros, e na rádio o recuo foi de 8,5%, menos 2,2 milhões de euros. Na Internet, o investimento publicitário subiu 4,5%, mais 1,1 milhões de euros.
No total, o setor dos media sofreu uma quebra de 18%, menos 67,7 milhões de euros desde outubro do ano passado.

IN. Diário Económico

Pinto Balsemão diz que os media "não precisam de esmolas"

O presidente do grupo Impresa disse, esta quarta-feira, na abertura da conferência Media do Futuro 2012, que a implementação da TDT foi uma “oportunidade perdida para distribuir mais conteúdos” e alertou que o futuro da RTP terá consequências em todos os grupos com canais televisivos.



Francisco Pinto Balsemão, presidente do grupo Impresa, aproveitou o discurso de abertura da conferência que está a decorrer em Lisboa, para lançar uma crítica à implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT), em Portugal: “O processo condenou as televisões generalistas a serem o parente pobre da televisão.”

Balsemão garantiu que a integração da TDT é caracterizada por “deficientes condições de recepção no país” e por uma implementação “sem grande entusiasmo popular”. Uma situação que levou à discussão do serviço público, que para o presidente do grupo que integra os canais SIC e o semanário Expresso, é “uma preocupação não resolvida”.

Em relação ao futuro da RTP, Balsemão lembrou que o Governo tem apresentado várias soluções para a empresa, mas deixou um alerta: “O futuro da televisão depende da quantidade de publicidade atribuída ao concessionário, se este cenário se concretizar”. Neste sentido, o responsável disse que “os grupos dos media não precisam de esmolas, mas de uma actuação justa”, referindo-se às entidades reguladoras do sector.

Quanto à crise que o país atravessa, Balsemão acredita que “Portugal saberá reconstruir-se e, para isso, os media têm um papel fundamental”. Por isso, prometeu continuar a lutar contra a pirataria e o “desprezo” pelos direitos de autor.

Por seu lado, Zeinal Bava, CEO da Portugal Telecom, disse ter “orgulho no trabalho que a equipa da empresa fez” na implementação da TDT e, em relação à tese de doutoramento de Sergio Denicoli, que concluiu que “a ANACOM favoreceu a PT”, deixou uma garantia: “Não fomos favorecidos de jeito algum.” Quanto ao anúncio de levar a tribunal o investigador, na sequência das declarações aos jornalistas sobre “indícios de corrupção”, Bava assegurou que o processo está a ser concretizado.
IN: Público

sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Borba: Terra de bom vinho e já com TDT

Algo muito estranho... depois da PT ter colocado 2 emissores em Estremoz e um em Vila Viçosa, o sinal era fraquíssimo em Borba. Surgiu junto à autoestrada A6 um emissor que vai servir Borba e arredores.


Emissor TDT de Borba: Texto e foto: José Moreira

Costa Litoral Alentejana com novo emissor TDT

Depois da colocação dos diversos emissores na costa alentejana (Sines,Santiago do Cacém, Odemira e Grândola), entre o Vale da Figueira e Melides, surge um repetidor TDT que está a servir a região. É de referir que o mesmo se numa zona de difícil acesso.


Texto e Foto: José Moreira

PT processa investigador que encontrou "indícios" de corrupção na TDT


A PT promete levar a tribunal o investigador que considerou haver "fortes indícios" de corrupção no processo de instalação da TDT.


"A Portugal Telecom repudia veementemente todas as acusações de que foi alvo, pondo em causa o seu bom nome e reputação, proferidas pelo senhor Sérgio Denicoli, e que estão relacionadas com a implementação da rede de Televisão Digital Terrestre. São declarações insultuosas, caluniosas, sem qualquer fundamentação e que denotam ignorância e até má fé por parte de quem as proferiu", refere a empresa numa nota enviada à Lusa, na qual se afirma que "a Portugal Telecom não pode deixar passar em claro mais esta grave ofensa ao seu bom nome, por parte do senhor Sérgio Denicoli, pelo que irá recorrer ao meios judiciais para repor a verdade e defender os seus direitos".
O investigador da Universidade do Minho Sergio Denicoli afirmou na terça-feira que há "fortes indícios" de corrupção na implementação da TDT em Portugal e sublinhou que o processo foi conduzido de forma a "não funcionar".
"Houve uma TDT planeada muito diferente da que foi implementada. Foram prometidos, por exemplo, muitos canais, mas ficou-se apenas pelos quatro que já existiam no analógico. Isso ocorreu por interferências políticas e económicas, o que nos leva a crer que pode ter havido a captura do regulador pela Portugal Telecom [PT], ou seja, a ANACOM teria trabalhado em favor da PT", disse à Lusa o investigador.
Sérgio Denicoli defendeu na terça-feira, na Universidade do Minho, a sua tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação, especialidade de Sociologia da Comunicação e da Informação, intitulada "A implementação da televisão digital terrestre em Portugal", tendo concluído que a PT foi, "de longe, a principal beneficiada" com a TDT, tendo conseguido 715 mil novos clientes para a MEO.
A empresa diz ter conhecido as acusações "pela comunicação social" e acrescenta que a tese de doutoramento "revela um total desconhecimento sobre o processo da TDT em Portugal e põe em causa o bom nome da PT e de todos os seus trabalhadores que, com elevado profissionalismo, implementaram a rede TDT em tempo record, cumprindo escrupulosamente todas as condições impostas pelo caderno de encargos definido pelo regulador, ICP-Anacom, no concurso internacional lançado para o efeito".
Na quarta-feira, também a ANACOM veio a público defender a transparência do processo: "A ANACOM seguiu todos os procedimentos a que estava obrigada nos termos da legislação em vigor, tendo sempre actuado de acordo com o princípio da imparcialidade e da transparência, incluindo consultas públicas e concursos públicos, abertos à participação de todos os interessados", diz a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) em nota divulgada à imprensa, que também admite recorrer aos tribunais.
"São de natureza injuriosa, caluniosa e difamatória quaisquer afirmações que visem atingir o bom nome desta instituição. Assim, a ANACOM não deixará de avaliar todos os danos reputacionais decorrentes para a instituição e de accionar os mecanismos legais existentes para a reparação dos mesmos", prossegue o texto do regulador, assinado pelo conselho de administração.

IN: Diário Económico

ANACOM diz que actuou sempre com 'transparê​ncia' na TDT




A ANACOM disse hoje que actuou sempre «de acordo com o princípio da imparcialidade e da transparência» no processo de implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal, refutando acusações trazidas na terça-feira a público por um estudo.
«A ANACOM seguiu todos os procedimentos a que estava obrigada nos termos da legislação em vigor, tendo sempre actuado de acordo com o princípio da imparcialidade e da transparência, incluindo consultas públicas e concursos públicos, abertos à participação de todos os interessados», diz a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) em nota hoje divulgada à imprensa.
O investigador da Universidade do Minho Sergio Denicoli afirmou na terça-feira que há «fortes indícios» de corrupção na implementação da TDT em Portugal e sublinhou que o processo foi conduzido de forma a «não funcionar».
«Houve uma TDT planeada muito diferente da que foi implementada. Foram prometidos, por exemplo, muitos canais, mas ficou-se apenas pelos quatro que já existiam no analógico. Isso ocorreu por interferências políticas e económicas, o que nos leva a crer que pode ter havido a captura do regulador pela Portugal Telecom [PT], ou seja, a ANACOM teria trabalhado em favor da PT», disse à Lusa o investigador.
A ANACOM diz também que «sempre esteve disponível para prestar todos os esclarecimentos sobre todos os assuntos relativos a este processo», tendo inclusive ido à Assembleia da República e participado «em debates públicos no sentido de esclarecer e responder a todas as questões que lhe foram colocadas».
«São de natureza injuriosa, caluniosa e difamatória quaisquer afirmações que visem atingir o bom nome desta instituição. Assim, a ANACOM não deixará de avaliar todos os danos reputacionais decorrentes para a instituição e de accionar os mecanismos legais existentes para a reparação dos mesmos», prossegue o texto do regulador, assinado pelo conselho de administração.
Sérgio Denicoli defendeu na terça-feira, na Universidade do Minho, a sua tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação, especialidade de Sociologia da Comunicação e da Informação, intitulada ‘A implementação da televisão digital terrestre em Portugal’.
O investigador sublinhou à Lusa que a PT foi, «de longe, a principal beneficiada» com a TDT, tendo conseguido 715 mil novos clientes para a MEO.
«Naturalmente, não interessava à PT que a TDT tivesse muitos canais e a entidade reguladora [ANACOM] permitiu isso, beneficiando grupos económicos em detrimento do interesse público», referiu.
E acrescentou que, segundo a organização não-governamental Transparência Internacional, esta actuação configura «uma espécie de corrupção, pois utiliza algo público de forma a garantir lucros privados».
«Não posso afirmar categoricamente que houve corrupção, pois cabe à Justiça tal constatação, mas posso dizer que há fortes indícios e que é importante que as autoridades competentes façam uma averiguação», acrescentou.
O investigador disse que as questões técnicas não foram devidamente explicadas à população, numa estratégia «deliberada ou não» que serviu para «legitimar decisões contrárias ao interesse público», beneficiando sobretudo grupos económicos, cujos laços com o poder político são evidentes».
Lusa/SOL

quarta-feira, 31 de outubro de 2012

«Há fortes indícios de corrupção na implementação da TDT»

Investigador diz que PT foi de longe a mais beneficiada e lança suspeitas sobre isenção da Anacom no processo.



O investigador da Universidade do Minho Sergio Denicoli afirmou esta terça-feira que há «fortes indícios» de corrupção na implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT) em Portugal e sublinhou que o processo foi conduzido de forma a «não funcionar».

«Houve uma TDT planeada muito diferente da que foi implementada. Foram prometidos, por exemplo, muitos canais, mas ficou-se apenas pelos quatro que já existiam no analógico. Isso ocorreu por interferências políticas e económicas, o que nos leva a crer que pode ter havido a captura do regulador pela Portugal Telecom [PT], ou seja, a Anacom teria trabalhado em favor da PT», disse à Lusa o investigador.

Sérgio Denicoli defendeu esta terça-feira, na Universidade do Minho, a sua tese de Doutoramento em Ciências da Comunicação, especialidade de Sociologia da Comunicação e da Informação, intitulada «A implementação da televisão digital terrestre em Portugal».

O investigador sublinhou à Lusa que a PT foi, «de longe, a principal beneficiada» com a TDT, tendo conseguido 715 mil novos clientes para a MEO.

«Naturalmente, não interessava à PT que a TDT tivesse muitos canais e a entidade reguladora [Anacom] permitiu isso, beneficiando grupos económicos em detrimento do interesse público», referiu.

E acrescentou que, segundo a organização não-governamental Transparência Internacional, esta atuação configura «uma espécie de corrupção, pois utiliza algo público de forma a garantir lucros privados».

«Não posso afirmar categoricamente que houve corrupção, pois cabe à Justiça tal constatação, mas posso dizer que há fortes indícios e que é importante que as autoridades competentes façam uma averiguação», acrescentou.

O investigador disse que as questões técnicas não foram devidamente explicadas à população, numa estratégia «deliberada ou não» que serviu para «legitimar decisões contrárias ao interesse público», beneficiando sobretudo «grupos económicos, cujos laços com o poder político são evidentes».

«No caso da Portugal Telecom, que receberia o direito de utilização de frequências da TDT, a ligação era mesmo simbiótica, oficializada por meio de golden shares do Estado na empresa e também através de ações da PT detidas pelo banco público Caixa Geral de Depósitos», afirmou.

Segundo Sergio Denicoli, a TDT que existe hoje em Portugal «foi feita para não funcionar, para apresentar falhas, para oferecer poucos canais e serviços interativos limitados, de forma a incentivar a migração da população para serviços de TV por subscrição».

O investigador referiu que, somente no período de implementação da TDT (2009 a 2012), a TV paga em Portugal cresceu mais de 32,3%.

«E estamos a falar de um período de crise económica. Isso, certamente, deve-se à fraca oferta da TDT. Hoje, o que verificamos é que o sinal da TDT apresenta falhas constantes, devido a erros técnicos que poderiam ser evitados», apontou.

Para o investigador, em Portugal, ao contrário do que acontece noutros países da União Europeia, «as autoridades públicas legislaram respondendo primordialmente aos interesses empresariais» e não se preocuparam sistematicamente com a população ou com a inclusão digital.

O país «não aproveitou a tecnologia disponível para proporcionar às pessoas uma televisão em sinal aberto de qualidade equiparável aos serviços de TV por subscrição, mesmo havendo plenas condições para tal», considerou.

«Os lóbis económicos, que, no caso português, parecem ser intrínsecos aos lóbis políticos, conseguiram fazer com que fosse estabelecido um modelo de TDT de qualidade muito inferior ao apresentado pela maioria dos países da União Europeia e muito aquém do que os operadores de TV paga ofereciam aos seus clientes», criticou.

IN: Agência Financeira

ANACOM já recebeu oito mil queixas por causa da TDT

Até ao início de Setembro, a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) recebeu cerca de oito mil queixas relacionadas com o processo de implementação da Televisão Digital Terrestre (TDT). Destas, duas mil foram reencaminhadas pela Associação de Defesa do Consumidor (DECO).



Segundo ambas as entidades, a maioria das queixas está relacionada com a falta ou instabilidade do sinal digital. Ilda Matos, porta-voz da ANACOM, esclareceu ao PÚBLICO que as queixas derivam de “problemas relacionados com instalações de equipamentos”.

A ANACOM vê estes problemas como “excepções” e considera-os “pouco significativos” perante um processo que “correu bem”. Versão que a coordenadora do departamento jurídico da DECO, Ana Cristina Tapadinhas, rejeita por completo. A implementação da TDT foi um “processo pouco apelativo aos olhos dos cidadãos” devido à “falta de informação”, sublinha a representante da DECO.

A DECO faz uma “avaliação negativa do processo” e atribui “responsabilidades tripartidas ao Governo, PT e ANACOM”. Por isso, Ana Cristina Tapadinhas considera que o processo não está terminado e exige que seja feito um estudo independente sobre a implementação da TDT, por questões de “transparência e de equidade”. A associação critica também a falta de divulgação do número de consumidores que beneficiaram da mudança.

O sinal analógico foi desligado a 26 de Abril deste ano, mas os concursos para pedido de comparticipações financeiras estão abertos até ao dia 31 de Dezembro.
IN: Jornal "Público"

quarta-feira, 24 de outubro de 2012

TDT: Concelho de Almodôvar continua com sérios problemas de captação

 
É simplesmente vergonhoso. Na freguesia de Santa Cruz, Almodôvar não há sinal TDT há um mês. Se antes era possível visualizar as emissões desde o emissor de Castro Verde, a menos de 30 km em linha recta, tal deixou de ser possível há cerca de um mês sem razão aparente. O mesmo problema verifica-se por todo o concelho de Almodôvar incluindo na própria vila, local em que existe um emissor TDT com uns miseráveis 45 wats de potênica. O de Castro Verde tem 650.1 Wats.
Esta situação de falta de sinal sempre se verificou, mas de há um mês a esta parte não é possível visualizar a TDT em qualquer altura do dia ou da noite. Curiosamente, a TDT espanhola, cujo emissor está a 130km em linha recta, entra na Telhada, Almodôvar com um sinal de 100% sendo possível captar as emissões do país vizinho com os seus 40 canais gratuitos!.
Na imagem abaixo mostrada podem observar que a antena instalada no topo do mastro é a que se destina a captar a TDT portuguesa (Teka Diga), com o emissor a menos de 30km. Sem sinal em permanência! A antena mais baixa é a que está apontada a Espanha, uma antena de menor qualidade (Mandarim) e instalada a baixa altitude, inclusive com uma orografia difícil pela frente, não tem problemas em captar as emissoes de Espanha...
Recentemente a Junta de Freguesia de Santa Cruz, e após a entrega de um abaixo-assinado levado a cabo na freguesia e no concelho, recebeu a garantia do Ministro Miguel Relvas de que o problema na freguesia Santa Cruz e no concelho em geral seria resolvido no espaço de um mês... já lá vão quase 3 semanas e nada... antes ainda se via algo das 9h da manhã até perto das 19h... agora nem isso... Que vergonha!
 

 
Instalação na Telhada, freguesia de Santa Cruz, Almodôvar

Governo admite manter RTP2

O Executivo volta a recuar e admite agora manter a RTP2 independentemente do futuro do primeiro canal. A notícia é avançada pelo Diário Económico e Antena1.

Citando uma fonte governamental e fonte da administração da empresa pública, os dois órgãos de comunicação dão conta que a decisão de encerrar o segundo canal foi agora posta de lado. Ainda assim, vai manter-se o corte ao financiamento da estação.
Contactado pelo CM, o gabinete do ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas - que tutela a RTP - afirma apenas que "nada está decidido" quanto ao futuro do grupo RTP.
Recorde-se que o economista António Borges, consultor do Governo para as privatizações, tinha avançado numa entrevista à TVI que a solução para a televisão pública iria passar pela concessão da RTP1 a um grupo privado e a alienação do segundo canal.

IN: Correio da Manhã

Portugal pode ter mais canais TDT

Portugal pode ter mais de trinta canais na Televisão Digital Terrestre (TDT), alguns deles em alta definição, desde que o espectro radioeléctrico que sobrou com o fim da televisão analógica seja cedido aos operadores televisivos, apurou o CM.



A Anacom (Autoridade Nacional de Comunicações) pediu aos operadores e ao Regulador dos media que se pronunciassem sobre a matéria para informar Bruxelas sobre o que Portugal pretende fazer com o seu dividendo digital.
"A ERC deve assegurar que a União Europeia reserve espaço suficiente para as televisões; caso contrário, e porque é tendência , começa o ‘namoro’ das empresas de telecomunicações para o ocupar", diz ao CM Arons de Carvalho, vice-presidente da ERC (Entidade Reguladora para a Comunicação Social).
Opinião é partilhada pela vogal Raquel Alexandra: "Tem de haver uma decisão que não seja irreversível, porque isso seria hipotecar a actividade futura das televisões", considera.
Para a vogal, em "nenhum momento pode ser colocada em causa a capacidade de os operadores de televisão crescerem para a alta definição ou para a criação de novos canais fora do cabo, na TDT".
Fonte da Anacom disse ao CM que os canais que estão hoje na TDT – RTP 1, RTP 2, SIC e TVI – ocupam "pouco espaço", sendo que algum do espectro que sobrou aquando do ‘apagão’ analógico já foi ocupado com a tecnologia LTE (quarta geração móvel – 4G), vendida aos operadores de telecomunicações.
 
IN: Correio da Manhã - 24/10/2012

quinta-feira, 18 de outubro de 2012

MFN vai chegar ao Alentejo

 Emissor do Mendro (Vidigueira) - Foto: José Moreira

A instabilidade da rede SFN da TDT em Portugal Continental é uma realidade. Os canais 42 (Monte da Virgem), 46 (Lousã) e 49 (Montejunto) em muito vieram contribuir para a melhoria da receção de sinal TDT em muitas localidades. No entanto os problemas persistem em muitas outras localidades devido à interferência do canal 56 entre os vários emissores existentes. Paralelamente a estas anomalias e como prova da capacidade de propagação deste tipo de sinal, são o exemplo de relatos de instaladores que em determinadas ocasiões em que as condições atmosféricas assim o permitiram foi a identificação de sinais TDT de Marrocos presentes no Algarve, o Mux da TDT da Madeira na Figueira da Foz, e sinais da TDT da vizinha Espanha identificados em várias cidades da costa ocidental portuguesa.
Portanto, a variação da propagação ao longo do tempo é um facto e já não existem dúvidas que a implementação de uma rede SFN em territórios da dimensão de Portugal Continental não é viável devido às interferências constantes entre emissores mais distantes. A solução passaria sem dúvida pela criação de uma rede MFN onde poderiam prevalecer sem qualquer problema várias redes SFN, mas com cobertura de território apenas “regional” de forma a estas não serem interferiveis. Como bom exemplo disso são as regiões autónomas dos Açores e da Madeira, onde estão igualmente implementadas redes SFN, mas de menor dimensão e à qual não existem relatos relativamente a possíveis instabilidades na receção do sinal.

SFN: Single frequency network

MFN: Multi-frequency network

Texto: Informativo Televés. Foto: José Moreira


O TDT no Alentejo, apurou que em princípio o emissor do Mendro vai funcionar em MFN, desconhece-se a futura frequência a ser utilizada, também conseguimos apurar que o número de painéis neste emissor vai ser aumentado. Resta-nos esperar e pedir aos nossos leitores que nos informem sobre eventuais alterações das emissões TDT no Alentejo.


sexta-feira, 12 de outubro de 2012

Castelo de Vide já tem emissor TDT

Emissor TDT - Castelo de Vide
 
Portugal estava coberto por um conjunto de emissores de grande alcance, o emissor da Serra de S. Mamede, era um dos principais do Alentejo. Agora, com a entrada da TDT, a sua morte era evidente, mas muitos problemas se levantaram, o sinal TDT era fraquíssimo nessa região. Depois, de inúmeras queixas de populares e autarcas junto das autoridades “destinadas” ao controle do espectro e de algumas críticas vindas de alguns políticos, Castelo de Vide, foi mais uma das localidades a receber um emissor TDT. É de referir, que esta localidade estava coberta por um repetidor analógico, agora no topo da antena da PT, junto à Capela de Nossa Senhora da Penha, está um repetidor digital.


Emissor analógico antigo
 
 
Emissor de São Mamede
 

Texto e Fotos: José Moreira - TDT no Alentejo

quinta-feira, 4 de outubro de 2012

Reportagem:“Se me tiram a televisão, tiram-me a vida”

Em seguida publicamos uma reportagem especial produzida pelo jornal "Diário do Alentejo". Vale a pena ler com atenção!



Aldeia Nova da Favela, Messejana e Canhestros são apenas três exemplos de localidades do distrito de Beja onde continuam a registar-se problemas com a migração para a televisão digital terrestre (TDT), passados que estão quase seis meses sobre a conclusão do processo que ditou a cessação da emissão televisiva analógica terreste. As populações queixam-se de falhas frequentes de sinal de TDT, mesmo depois de terem gasto dinheiro em descodificadores, antenas e até televisores. Várias autarquias já procederam ao levantamento das situações concretas de anomalias e tentam agora, através de acordos firmados com a Anacom – Autoridade de Comunicações (a entidade coordenadora do processo de transição) e com a Telecom (a empresa responsável pela instalação da infraestrutura de rede), encontrar solução para o problema.



Texto Nélia Pedrosa Fotos José Ferrolho



Sentado no poial à porta de casa, no Monte da Oliveirinha (Ourique), indiferente ao frio e ao céu carregado de densas nuvens negras, Francisco de Matos faz a barba tranquilamente. Bacia com água e pincel pousados no chão, lâmina de barbear numa mão, espelho apoiado nas costas de uma cadeira colocada à sua frente. Funcionário público aposentado da Câmara Municipal de Ourique, onde trabalhou durante 33 anos nos mais variados serviços – “andei espalhando alcatrão aí por essas estradas, numa máquina, andei abrindo valetas, fui jardineiro no castelo” –, o septuagenário preenche os dias cuidando “do hortejo e de duas ovelhinhas” e ajudando a mulher, atualmente a recuperar de uma cirurgia que lhe deixou algumas mazelas.
Agora que já não saem “para lado nenhum”, porque “a idade” de ambos e os problemas de saúde de Adélia “já não o permitem”, a televisão é uma das principais distrações do casal, principalmente à hora de almoço e ao serão. Adélia delicia-se com a Júlia Pinheiro, “com a forma como ela fala com as pessoas”, e com as telenovelas da TVI. Francisco aprecia as touradas e os noticiários. Mas desde que fizeram a migração para a televisão digital terrestre (TDT), raro não é o dia em que não se deparam com falhas na receção do sinal.
“Fico aborrecido por não se ver nada. À noite, ao serão, às vezes está a dar uma novela, ou outra coisa qualquer que gostamos de ver, e depois aparece um quadrozito, por vezes letras, estamos ali um quarto de hora, meia hora, e a imagem não regressa, então desligamos e vamo-nos deitar, é o que a gente faz. Até já disse à mulher que o melhor é levar a televisão lá além para o balde do lixo, assim acabava-se com isso”, diz Francisco de Matos.
Em “descodificadores, cabos e antenas“, o casal Matos, a filha e o genro, que vivem na casa ao lado, gastaram “cerca de 200 euros”. No caso da filha, acresce à conta uma nova televisão. “Disseram para comprarmos uma televisão das novas, que tem tudo incluído, que se via bem, que não havia problema. Não há problema? Acontece o mesmo que à do meu sogro, que é velha. É a mesma coisa”, lamenta o genro, Alberto Samora.
Do Monte da Oliveirinha avista-se a Aldeia Nova da Favela, também conhecida por Favela Nova, localidade da freguesia de Ourique habitada por poucas dezenas de pessoas, na sua esmagadora maioria idosas e que se distribuem apenas por duas ruas – “a rua principal [rua Engenheiro Sena Cabral] e a rua da Igreja”. Aqui também as queixas de frequentes falhas de sinal se repetem.
Irene Guerreiro, 83 anos, que caiu na tarde do dia anterior, magoando uma perna, repousa na cozinha, impedida que está de fazer grandes movimentos. Se a televisão já lhe fazia companhia enquanto tratava dos seus afazeres domésticos, nos próximos dias ainda lhe deverá fazer mais. “É uma grande companhia, principalmente no inverno, porque sou só eu e o meu marido”, diz entre queixumes de dor.
“Com a perna assim vai ser complicado. Vai passar mais tempo em casa e precisará mais da televisão para lhe fazer companhia. Agora que estou de férias sempre estou mais acessível durante o dia, se não fosse assim só passaríamos à noite”, acrescenta a nora, Inês Ramos de 35 anos, também ela afetada pela falta de sinal de TDT. “Sinceramente custa-me mais por causa das miúdas, uma tem oito anos e a outra tem três. E o meu marido também gosta de ver televisão. Eu não ligo muito, nos telejornais também só dão desgraças. Mas também não estou para por televisão paga, eu e o meu marido não temos ordenado para isso”, conclui.
À Junta de Freguesia de Messejana, no concelho vizinho de Aljustrel, já chegou um número significativo de reclamações a dar conta de dificuldades na receção do sinal de TDT. Edeme Correia, 84 anos, que encontramos na praça 1.º de Julho a caminho da mercearia, é uma das queixosas. Mas não o faz só a pensar em si, porque não é “egoísta”, vai logo avisando. Fá-lo também a pensar nos seus conterrâneos de parcos recursos, que não podem gastar “20 ou 25 euros por mês” por um serviço de televisão paga, neste momento “a única forma de se poder ver televisão sem problemas” [a TDT não afeta os serviços de televisão por subscrição]. “Eu não falo só por mim, falo é pelas outras pessoas, porque graças a Deus ainda podia pagar, mas há pessoas que não podem. Então uma pessoa que tenha uma reforma de 250 euros, pode estar tirando 20 ou 25 euros todos os meses por causa da televisão, e então o resto? Medicamentes e às vezes já fraldas, e essas coisas todas. Tudo custa dinheiro”.
Como durante o dia anda “a serigaitar pelas ruas”, entre “visitas a amigos e a doentes a residir no lar”, é nos períodos em que prepara as suas refeições e ao serão que mais vê televisão, ou melhor, que tenta ver, ironiza. “As falhas de sinal acontecem mais à noite. Mas há três dias que vejo bem. Depois sou capaz de estar quatro, cinco dias sem ver. Vejo um bocado, depois começam aquelas trapalhadas, parece roupa lavada pendurada na corda. E fico sem sinal, acabo por desligar e deixar-me dormir, mas aborrece porque sempre gosto de ver a telenovela ‘Louco amor’, da TVI, e as outras que dão a seguir, assim como o noticiário”. A viver sozinha, há dias em que acaba por ir ver televisão a casa do irmão, que “tem os canais todos”. Mas com a chegada do inverno, e das noites frias, diz, as saídas noturnas acabarão: “Depois não posso vir às 10, 11 horas da noite para casa, que é quando acabam as novelas, porque já está muito frio”.
Com uma modesta reforma e a viver sozinha, Mariana Salgueiro, de 84 anos, é uma das conterrâneas de Edeme Correia que não se pode dar ao luxo de subscrever um serviço pago de televisão. Por isso, quando o aparelho começa a ficar “com listas encarnadas”, aproveita para fazer “um pouquinho de croché, se ainda é cedo”, para ler uma revista herdada de uma das irmãs ou para rezar. “A televisão é a minha companhia, como não tenho gatos, nem gatas, é a televisão. As minhas vizinhas todas, e as minhas irmãs, têm televisão paga, com quarenta e tal canais, mas a mim só me interessam os quatro, e a dois [RTP 2] quase nunca vejo”. Mas pior, diz, estão as pessoas “que moram nos montes isolados”, sem vizinhos por perto. “A gente aqui ainda tem uma vizinha ou outra, mas aquela gente que vive em montes isolados, quando fica sem televisão, vai ver o quê? Isto que fizeram [a migração para a TDT] é, na verdade, uma tristeza”, desabafa.
Marisa Gonçalves, que vive a escassos metros de Mariana Salgueiro, à reclamação entregue na Junta de Freguesia de Messejana acrescenta um sem número de telefonemas feitos para o número disponibilizado pela Telecom (empresa responsável pela instalação da infraestrutura de rede necessária para cobrir todo o País com televisão digital) para tratar de assuntos relacionados com o processo de migração. Num dos últimos contactos foi aconselhada “a comprar mais um aparelho para amplificar a intensidade da rede”, mas mesmo assim ainda teria que adquirir uma antena parabólica “para resolver o problema”. “Nós comprámos uma antena e dois descodificadores, gastámos cerca de 150 e 200 euros. Este novo aparelho de que falaram e a antena parabólica não sei quanto custam, mas eles é que deviam resolver o problema”, diz a animadora sociocultural de 32 anos. Marisa vai continuar a aguardar pela resolução do problema, mas não sabe por quanto tempo. “Sou apologista de esperar mais algum tempo mas se não se resolver em alguns meses terei que optar pela televisão paga”, diz, quase resignada.
Seguimos para Canhestros, no concelho de Ferreira do Alentejo, onde o assunto do dia é o rebentamento da caixa automática instalada na junta de freguesia. Os assaltantes não conseguiram levar o dinheiro mas deixaram atrás de si um rasto de destruição. Joaquim Maia, 49 anos, um dos funcionários da autarquia, mostra-nos as janelas, portas e estores destruídos ao mesmo tempo que vai dando conta da sua experiência com a TDT: “Já mudei de antena, já meti cabos e mais um aparelho que eles dizem que reforça o sinal, nem faço ideia do que já gastei, se calhar uns 200 euros. Às vezes a gente está com a cegueira de ver um programa qualquer e é quando a televisão fica cheia de manchas, vermelhas, azuis, e a imagem a desaparecer. Pode estar assim cinco minutos, como pode estar dois, incomoda e muito”.
O que também incomoda, diz, são os comerciais dos operadores privados de televisão “que insistem, batem à porta das pessoas dia e noite, para as pessoas aderirem”. “Eu não faço intenções de aderir. Mas há pessoas na aldeia que já o fizeram, saturadas que estão de não verem televisão”.
“Se me tiram a televisão, tiram-‑me a vida”. As palavras de Eglantina Moderno, 76 anos, demostram bem a importância que a “caixinha mágica” tem no seu dia a dia. Viúva há 11 anos e com os quatro filhos já independentes, a televisão tornou-se a sua “companha”, a sua principal distração, uma vez que por questões de saúde pouco pode fazer. “Não posso estar muito tempo de pé, são dores nos joelhos, na coluna, em todo lado. Deixei de poder fazer a comida. Sempre limpo o pó, mas pouco, e assim vou indo”, diz, ainda abalada com a notícia da tentativa de assalto à caixa multibanco da sua aldeia.
Os seus gostos televisivos vão da telenovela “Dancing Days”, da SIC – “adoro a minha júlia” [personagem principal] – ao telejornal, embora “pouco” perceba, passando pela tourada, algo que aprendeu a apreciar com o marido. “A graça que isto tem é que eu nem gostava de tourada. O cavalo sofria, o touro sofria, o homem sofria, e eu sou muito coração mole. Mas o meu marido era capaz de ir lá fora se fosse preciso para ver uma tourada, e eu comecei a ver com ele. Então não é que encegueirei? Agora não falho uma, principalmente quando é com o meu primo segundo, o toureiro Luís Rouxinol. Ele é um artista”.



Autarquias identificam centenas de anomaliasOurique, Santana da Serra, Panoias, Garvão e Conceição são as localidades do concelho de Ourique “onde as falhas de sinal de TDT incidem mais”, adianta ao “Diário do Alentejo” o presidente da câmara municipal. “O processo TDT continua com falhas. Há uma zona sombra em que as pessoas têm que adquirir equipamentos de captação via satélite e algumas delas não têm condições para o fazer. Por outro lado, por razões meteorológicas ou por falhas técnicas, há perdas constantes de sinal”. De acordo com Pedro do Carmo, de uma reunião realizada em agosto último resultou um acordo com a PT, sendo que “no prazo de uma semana a empresa irá efetuar em todos os locais que a câmara indicou medições de sinal”. “Depois de chegar à conclusão, caso a caso, se é falta de sinal, e aí temos que ir para a captação via satélite, ou se é algum defeito na instalação, as situações serão ultrapassadas”, assegura, adiantando que até ao momento foram identificadas “três centenas de situações”.
“Preocupante”. É assim que o presidente da Câmara de Aljustrel apelida a situação atual do concelho em termos de receção de sinal de TDT. “Temos muitos sítios do território em que há problemas da mais variada ordem, mas o mais confrangedor é sabermos que são territórios de baixa densidade, com pessoas muito idosas, que não têm a mesma disponibilidade para as novas tecnologias que outras gerações”. Nelson Brito considera que todo este processo acaba por ter “consequências muito graves”: “Volvidos estes anos todos as pessoas não têm direito à televisão, que é de facto um meio de informação por excelência, que em muitos sítios recônditos coloca as pessoas em contacto com o mundo. Retrocedemos 30, 40 anos nesta questão. Temos neste momento sítios onde as pessoas ouvem rádio para estarem ligadas ao mundo”. A câmara, em conjunto com as juntas de freguesia, está a proceder ao levantamento “de situações concretas de anomalias detetadas na receção do sinal da TDT”, que depois encaminhará para a Telecom e para a Anacom, entidades a quem já solicitou reuniões. Até ao momento as autarquias receberam “mais de 600 reclamações”.
O “Diário do Alentejo” tentou ainda obter declarações junto do presidente da Câmara de Ferreira do Alentejo, mas tal não foi possível em tempo útil. NP
Texto e Fotos: Diário do Alentejo