terça-feira, 24 de janeiro de 2012

Autarcas do Alentejo apontam casos pontuais de problemas com fim do sinal analógico

Autarcas alentejanos apontaram hoje a existência de casos pontuais nos seus concelhos em que moradores ficaram sem televisão ou com “sinal fraco” de TDT, depois do desligamento do emissor analógico da Fóia.


Numa ronda efectuada pela Agência Lusa junto dos municípios de Ourique, Odemira, Sines e Santiago do Cacém, assim como de juntas de freguesia, foi possível perceber que, para já, os problemas são pontuais e resumem-se a zonas de serra ou mais isoladas.

No caso de Ourique, o presidente da câmara, Pedro do Carmo, assegurou que estava “muito preocupado” com o fim do sinal analógico e a introdução da Televisão Digital Terrestre (TDT), que poderia afectar “40 por cento da população”.

“Mas, reunimo-nos com a ANACOM e exigimos à Portugal Telecom (PT) que o sinal fosse reforçado e, este fim-de-semana, foi instalado um retransmissor em Ourique, o que resolveu grande parte da nossa ‘zona sombra’”, afiançou.

Contudo, o autarca estimou que “cinco a 10 por cento da população”, sobretudo da zona sul do concelho, na serra de Santana, possa ter problemas em captar o sinal de TDT.

“Deverá haver problemas para sul, na zona de Santana da Serra. Estou preocupado com essa área, porque algumas zonas da serra não devem captar a TDT”, disse.

Contactada pela Lusa, a Junta de Freguesia de Santana da Serra confirmou que “há pessoas em algumas zonas, sobretudo em montes, que não apanham a TDT, mesmo com o equipamento”.

Já no concelho de Odemira, o presidente da Junta de Freguesia de S. Teotónio, José Manuel Guerreiro, adiantou que “há pessoas que, embora tenham o descodificador e as antenas viradas para Monchique, já protestaram porque não apanham televisão”.

“E há algumas pessoas que apanham TDT, mas o sinal é fraco, quase não conseguem ver televisão”, afirmou, frisando, ainda assim, serem “casos pontuais” porque “a maioria das pessoas estava à espera de ser desligado o sinal analógico e ainda nem tem descodificador”.

O presidente do município de Santiago do Cacém, Vítor Proença, disse não possuir muitas informações, por o emissor da Fóia e o retransmissor analógico do concelho só terem sido desligados hoje.

“Mas podem vir a ocorrer problemas de captação em S. Francisco e no Cercal do Alentejo”, admitiu, frisando que a autarquia vai “continuar a acompanhar” a situação.

Só no concelho de Sines, assegurou a vereadora da câmara Carmen Francisco, é que não há problemas: “Não nos chegaram pedidos de esclarecimento ou de intervenção por as pessoas não conseguirem receber a TDT”.

No âmbito da primeira fase de introdução da TDT, foram hoje desligados o emissor da Fóia e os retransmissores de Monchique, Cercal do Alentejo, Santiago do Cacém, Odemira, Odeceixe, Aljezur e Silves, que abrangiam vários concelhos do Algarve e do Alentejo.

IN: Público

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