Emissor TDT de Odemira - Foto: José Moreira
Cerca de um quarto do território do concelho de Odemira, onde vivem “quatro mil pessoas”, a maioria idosos isolados, está “com problemas” para receber o sinal da Televisão Digital Terrestre (TDT), denunciou hoje o autarca local.
“As coisas estão muito más. Temos um conjunto de freguesias muito afetado” e “as pessoas, mesmo comprando os aparelhos [descodificadores], estão com problemas de ligação”, afirmou à Agência Lusa José Alberto Guerreiro, presidente do município.
Odemira, no distrito alentejano de Beja, é um dos concelhos onde a TDT substituiu o sinal analógico de televisão, com o desligamento, na última segunda-feira, do emissor da Fóia (Algarve) e de vários retransmissores.
Segundo o presidente da câmara municipal, o sinal de TDT “é fraco ou inexistente” em “cerca de 25 por cento do território”, afetando sobretudo as freguesias serranas de S. Teotónio, S. Luís e Sabóia, com “cerca de quatro mil” habitantes.
“Em S. Luis, não há sinal em grande parte da freguesia” e, em S. Teotónio, a zona mais afetada “é a faixa junto à ribeira de Odeceixe e a sede de freguesia”, exemplificou.
José Alberto Guerreiro manifestou-se “muito preocupado” com a situação porque, apesar da “orografia difícil” do concelho, com zonas de serra, o processo da TDT “foi preparado durante meses”.
“Avisámos a ANACOM de que tínhamos algumas zonas em que receávamos que isto viesse a acontecer. As entidades sabiam e, por isso, a situação não é admissível”, afiançou.
O autarca disse à Lusa que, na sexta-feira, em Beja, vai aproveitar uma reunião agendada com a ANACOM para “exigir que os problemas sejam resolvidos”, até porque a maioria da população do concelho, referenciado pela elevada taxa de suicídio, é “idosa, vive isolada e a televisão é a grande companhia”.
Dada a “dimensão do problema”, o que tem de ser feito, defendeu, é “a colocação de antenas retransmissoras em Sabóia, S. Luís e S. Teotónio”, porque “não é justificável, neste momento de crise, obrigar as pessoas a este repentino esforço financeiro”.
“Não se pode exigir a todas estas pessoas, que têm poucos recursos e vivem da sua reforma, que comprem pratos [de satélite]”, frisou.
Contactado pela Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de S. Teotónio, José Manuel Guerreiro, confirmou que “há muitas pessoas que não conseguem apanhar a TDT”, havendo povoações, como Vale de Juncal, com cerca de 40 moradores, “onde o sinal não chega”.
“E, mesmo na sede de freguesia, há uma rua que tem sinal, mas a rua a seguir já não tem”, indicou, exemplificando igualmente que “há outras pessoas que acabam de sintonizar a TDT e, logo a seguir, perdem o sinal outra vez”.
“As pessoas estão muito sozinhas e, ao cortarem-lhes a televisão, a solidão ainda é maior”, realçou, aludindo aos suicídios: “Antes, as pessoas estavam distraídas com a televisão e tinham alguma coisa que as entretinha para não cometerem ‘avarias’. Agora, isto pode acarretar problemas”
“As coisas estão muito más. Temos um conjunto de freguesias muito afetado” e “as pessoas, mesmo comprando os aparelhos [descodificadores], estão com problemas de ligação”, afirmou à Agência Lusa José Alberto Guerreiro, presidente do município.
Odemira, no distrito alentejano de Beja, é um dos concelhos onde a TDT substituiu o sinal analógico de televisão, com o desligamento, na última segunda-feira, do emissor da Fóia (Algarve) e de vários retransmissores.
Segundo o presidente da câmara municipal, o sinal de TDT “é fraco ou inexistente” em “cerca de 25 por cento do território”, afetando sobretudo as freguesias serranas de S. Teotónio, S. Luís e Sabóia, com “cerca de quatro mil” habitantes.
“Em S. Luis, não há sinal em grande parte da freguesia” e, em S. Teotónio, a zona mais afetada “é a faixa junto à ribeira de Odeceixe e a sede de freguesia”, exemplificou.
José Alberto Guerreiro manifestou-se “muito preocupado” com a situação porque, apesar da “orografia difícil” do concelho, com zonas de serra, o processo da TDT “foi preparado durante meses”.
“Avisámos a ANACOM de que tínhamos algumas zonas em que receávamos que isto viesse a acontecer. As entidades sabiam e, por isso, a situação não é admissível”, afiançou.
O autarca disse à Lusa que, na sexta-feira, em Beja, vai aproveitar uma reunião agendada com a ANACOM para “exigir que os problemas sejam resolvidos”, até porque a maioria da população do concelho, referenciado pela elevada taxa de suicídio, é “idosa, vive isolada e a televisão é a grande companhia”.
Dada a “dimensão do problema”, o que tem de ser feito, defendeu, é “a colocação de antenas retransmissoras em Sabóia, S. Luís e S. Teotónio”, porque “não é justificável, neste momento de crise, obrigar as pessoas a este repentino esforço financeiro”.
“Não se pode exigir a todas estas pessoas, que têm poucos recursos e vivem da sua reforma, que comprem pratos [de satélite]”, frisou.
Contactado pela Lusa, o presidente da Junta de Freguesia de S. Teotónio, José Manuel Guerreiro, confirmou que “há muitas pessoas que não conseguem apanhar a TDT”, havendo povoações, como Vale de Juncal, com cerca de 40 moradores, “onde o sinal não chega”.
“E, mesmo na sede de freguesia, há uma rua que tem sinal, mas a rua a seguir já não tem”, indicou, exemplificando igualmente que “há outras pessoas que acabam de sintonizar a TDT e, logo a seguir, perdem o sinal outra vez”.
“As pessoas estão muito sozinhas e, ao cortarem-lhes a televisão, a solidão ainda é maior”, realçou, aludindo aos suicídios: “Antes, as pessoas estavam distraídas com a televisão e tinham alguma coisa que as entretinha para não cometerem ‘avarias’. Agora, isto pode acarretar problemas”
IN: Região Sul
em s.luis só o onde apanha sinal tdt é o loteamento munincipal de resto da aldeia nem sinal
ResponderEliminardiria antes metade, o sinal na costa alentejana n existe
ResponderEliminarem Saboia e uma vergonha e um roubo nao a tdt e e as grandes firmas a levarem as reformas das pessoas idosas que vergonha devias dar as parabólicas aos idosos
ResponderEliminar